Investimento inicial de comércio e pequenas indústrias de BH em energia solar se paga em 6,7 anos; antes, eram 7,86 anos
A tecnologia para se obter energia solar está mais barata e, com isso, o retorno do investimento em projetos para residências, comércio e pequenas indústrias está mais rápido em Belo Horizonte. A constatação está no índice da Comerc Solar, divulgado em abril, cujo objetivo é justamente analisar o payback (retorno do investimento) em projetos do tipo.
Segundo o levantamento, Belo Horizonte melhorou, em especial, nos projetos relacionados a comércio e pequenas indústrias. Nesses setores, o empresário que investe na geração de energia solar tem seu investimento totalmente pago em 6,7 anos. Antes, o tempo de retorno era de 7,86 anos. No âmbito residencial, a redução no prazo foi de 4,27 anos para 3,64 anos.
O ranking é formulado com base em três itens: os valores das tarifas das concessionárias; o retorno financeiro com valores médios dos investimentos em instalação, além do custo evitado, e a potência da geração de energia. “Nada mudou muito nas cidades. O que temos, na verdade, é que o custo dos equipamentos está menor. Fora o fato de que a energia tem subido”, explica o diretor da Comerc Esco, Marcel Haratz.
O administrador de empresas Flávio Guimarães, 58, percebeu isso na prática. Há pouco mais de dois anos, ele cogitou instalar placas fotovoltaicas em sua casa, em um condomínio entre Belo Horizonte e Nova Lima, mas desistiu devido à demora no tempo de retorno do investimento – à época, estimado em 15 anos. Em janeiro deste ano, ele concluiu a instalação a partir de um projeto da Insol Energia por R$ 13 mil. “Como todo produto novo, ao longo do tempo ele foi barateando. O retorno estimado agora é de cinco anos, sem considerar reajustes na conta de luz”, diz.
Apesar da redução do tempo, a posição da capital mineira no ranking da Comerc Solar piorou. No residencial, a cidade passou do 18º para 20º lugar em tempo de retorno do investimento. No de comércio e pequenas indústrias, de 20º para 24º.
Rio e Manaus têm os melhores resultados
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Segundo o índice da Comerc Solar que analisa o retorno do investimento (payback) em projetos de energia fotovoltaica, a região metropolitana do Rio de Janeiro e a cidade de Manaus, no Amazonas, apresentam os retornos financeiros mais rápidos. Um projeto residencial na região metropolitana fluminense se paga em 2,7 anos, enquanto o investimento em comércio e pequenas indústrias em território manauara, em 4,5 anos. “Isso não significa que a melhor energia solar é a do Rio, mas talvez indique que a tarifa convencional lá é tão alta que vale mais a pena”, explica o diretor da Comerc Esco, Marcel Haratz.
Enquanto no índice do ano passado os piores resultados de retorno chegavam a 12 anos (indústria e comércio) e sete anos (residências), agora eles correspondem a 7,58 e 5,3, respectivamente. “O mundo está indo em direção à energia solar, os custos vão cair pela metade nos próximos anos”, diz o diretor.
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