Com 3,2 milhões de painéis, o Noor Abu Dhabi consegue produzir até 1,18 gigawatts
A Companhia de Águas e Energia dos Emirados Árabes Unidos inaugurou neste sábado, dia 29, a maior fazenda de energia solar do mundo, a Noor Abu Dhabi. Com 3,2 milhões de painéis e a capacidade de produzir 1,18 gigawatts, o projeto é capaz de sustentar as necessidades de energia de até 90.000 pessoas. A iniciativa vem como uma alternativa para reduzir as emissões de CO2 no país, que, apesar de ser o 8° lugar na produção mundial de petróleo e pretender estabilizar a exploração, ainda depende muito do combustível fóssil.
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A nova fazenda representa um corte de 1 milhão de toneladas de CO2, o equivalente a 200.000 carros fora das ruas, de acordo com a companhia estatal. Mas, apesar de ser um grande passo para a energia sustentável, o foco do país não deve sair do petróleo. Em março, a produção mensal do país chegou a 3.043 milhões de barris, e, de acordo com o Ministro da Energia, Suhail Al Mazroui, a exploração pode aumentar para 3.500 milhões se necessário. “Precisamos atingir os requerimentos necessários para o nosso óleo, e ter certeza de que não será utilizado apenas para armazenamento”, afirmou o ministro.
A iniciativa da redução veio da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que pretende reduzir a oferta disponível no mercado mundial para aumentar o preço do petróleo bruto, devido ao enfraquecimento da economia mundial e à produção excessiva da commodity pelos EUA. A continuidade desta redução será decidida hoje, dia primeiro, durante uma reunião em Viena; as intenções do presidente russo Vladimir Putin de continuar com a política já foram reveladas durante o G20 em Osaka, no mês passado, mas o voto do Irã ainda é necessário.
Parece que o título de a maior fazenda de energia solar do mundo não vai durar muito tempo: a Companhia de Águas e Energia dos Emirados Árabes Unidos tem planos para a construção do parque Mohammed Bin Rashid, que produzirá 2 gigawatts e deve ser inaugurado em 2020. Mohammed Hassan Al Suwaidi, diretor da empresa, informou ao Gulf News que a fazenda faz parte de um projeto do país para aumentar a participação da energia limpa para 50% da matriz energética até 2050.
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