Satélites de colega de energia solar
O drone espacial X-37B, uma espécie de ônibus espacial em miniatura – só que não tripulado -, costuma ficar meses e até anos no espaço, em missões ultrassecretas.
Ele acaba de subir novamente, mas desta vez alguns poucos experimentos que serão feitos a bordo foram revelados.
O mais interessante deles é o primeiro teste de um sistema de energia solar que pretende captar a luz no espaço e enviar a energia para a superfície por meio de micro-ondas.
“Pelo que sabemos, este experimento é o primeiro teste em órbita de um hardware projetado especificamente para satélites de energia solar, que podem desempenhar um papel revolucionário em nosso futuro energético,” disse Paul Jaffe, idealizador do experimento, chamado “módulo de antena fotovoltaica por radiofrequência”, ou PRAM (Photovoltaic Radio-frequency Antenna Module).
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Energia solar do espaço
A ideia é boa – Isaac Asimov a divulgou em 1940 -, já que do espaço é possível capturar a energia solar não apenas durante o dia, mas até mesmo em tempo integral. E, além disso, lá em cima a energia solar não foi atenuada pela atmosfera, tendo uma potência bem mais elevada.
Mas mandar um feixe de micro-ondas do espaço para o solo é bem mais complicado. Basta lembrar que existem satélites abaixo do experimento, ou então imaginar a quantidade de pássaros, aviões e outros veículos que podem entrar na linha de transmissão.
Como é melhor deixar as complicações de lado antes de pelo menos ter certeza de que o princípio funciona, o experimento não fará transmissão da energia para a Terra. O módulo irá coletar a energia solar, transformá-la em micro-ondas e enviá-la para um módulo interno via cabo, o que permitirá medir a potência de saída do sistema.
Dependendo dos resultados, a equipe pretende projetar um sistema totalmente funcional em um satélite dedicado para testar a transmissão de energia de volta à Terra. O desenvolvimento de uma capacidade solar espacial pode potencialmente ajudar a fornecer energia para instalações remotas, como bases operacionais avançadas e áreas de resposta a desastres, defende Jaffe.
Fonte: Aqui