Não foi a pandemia que se infiltrou nas centrais solares e fez aumentar a produção de energia fotovoltaica. A explicação para o incremento da produção de eletricidade tem a ver com a menor poluição.
A pandemia, que rapidamente se aproxima dos 3 milhões de infectados e de 200.000 mortos, teve o condão de provar que o excesso de poluição atmosférica limita a geração de electricidade das centrais fotoeléctricas. Pelo menos, é essa a conclusão dos alemães, que na passada semana bateram o recorde do país, ao atingirem 32.227 GW, ultrapassando assim o anterior máximo obtido a 23 de Março.
Se o país de Angela Merkel, que retira do sol 40% da energia de que necessita, provou o que já se calculava, ou seja, que as centrais solares são mais eficientes com menos poluição atmosférica, os britânicos não ficaram atrás e, também eles, provaram que os painéis fotovoltaicos geram mais electricidade com menos smog. Daí que, na passada segunda-feira, tenham conseguido produzir 9,68 GW, valor que supera o recorde anterior de 9,55 GW, registado em Março de 2019.
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Os resultados eram de esperar, pois com o lockdown generalizado – o que significa sem aviões e com o trânsito rodoviário reduzido ao mínimo (o mesmo acontecendo com o marítimo, pelo menos o de passageiros) – a quantidade de partículas no ar foi consideravelmente reduzida.
Apesar destes valores (encorajadores), a Alemanha continua a ser dos países europeus que mais carvão queima para produzir electricidade, o que torna pouco interessante, sob o ponto de vista ambiental, a utilização de veículos eléctricos. Não obstante, o peso do carvão na geração de energia eléctrica na Alemanha, que era de 40% em 2016, tem vindo a cair consideravelmente nos últimos anos, rumo à abolição em 2038.
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