Conheça o painel “antissolar”, que não precisa de luz do sol para gerar energia

O painel solar é uma grande invenção da humanidade no quesito energético. Ele produz energia de forma que quase totalmente limpa e ainda beneficia seu dono com economia na conta de luz. Alguns eletrônicos até tiram proveito disso, como um fone de bateria infinita da JBL.

Diante dessas vantagens, muitos brasileiros estão procurando instalar um em casa. Entretanto, há uma limitação para a invenção: a necessidade de luz solar. Não é possível produzir energia solar a noite ou em dias nublados, mas isso logo deve mudar graças ao chamado painel “antissolar”.

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O painel “antissolar” é uma invenção criada por cientistas de Davis, na Universidade da Califórnia. Basicamente ele produz energia da mesma forma que um painel solar, mas com uma vantagem: ele produz energia a noite.

Planta de energia solar de 16.3 megawatts na Universidade da Califórnia, em Davis.

 

Para conseguir essa proeza ele utiliza da lei do equilíbrio. Segundo Jeremy Munday, professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação na universidade, ambos painéis funcionam de forma similar pois são “motores de calor”.

“Você tem energia térmica vinda do Sol em direção à Terra e a célula solar capta essa energia. Basicamente você precisa de dois corpos com temperaturas diferentes e de alguma maneira de converter essa energia em trânsito entre eles.”

Dessa forma, as placas solares se aproveitam da diferença de temperatura entre elas e o sol para gerar energia usando absorção da luz; o mesmo ocorre a noite de forma inversa: as placas são mais quentes do que o espaço, assim, elas irradiam luz infravermelha que, quando capturada, é capaz de produzir eletricidade.

“O que nosso dispositivo faz é similar – estamos usando um corpo quente e um corpo frio – mas agora o corpo quente é a Terra e o espaço é o corpo frio. À medida que esse calor flui da Terra para espaço sideral, ele é captado e convertido em energia.”

Essa foi a explicação dada por Munday ao site Inverse. Detalhando mais, podemos dizer ainda que essas placas usam células termorradiativas para gerar energia elétrica. Nos painéis solares comuns, as células são fotovoltaicas, feitas de silício. Quanto ao painel “antissolar”, a equipe atualmente está trabalhando com liga de mercúrio e os resultados são de 25% da energia produzida por um painel comum.

Mercúrio é o único metal líquido na temperatura ambiente em nosso planeta.

 

Atualmente o processo de adoção à energia solar no Brasil é um tanto quanto incerto. A ANEEL, que deseja taxar essa fonte de energia, reduzindo o benefício proposto por ela, porém, em janeiro, o Presidente Jair Bolsonaro criou um projeto de lei vedando a cobrança por enquanto. Como todo projeto de lei, ele tem validade determinada e caso não seja renovado, pode ser revogado.

Fonte: Aqui

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